Solstício de Inverno

A 1 de Novembro (pelo calendário Celta, o primeiro de Inverno), entendia-se que a Terra entrava no seu estado profano (em oposição ao período sagrado, das sementeiras e colheitas). As tradições desta época reflectem o sentido dado à infertilidade. Caracterizam-se, por um lado, pelo culto dos mortos e pelo exorcismo do mal, dos demónios e espíritos maus que se entendia infestarem a Terra neste período, saindo das profundezas do mar e do solo. Por outro, pelo apelo à Mãe Terra, ou a Cibele, a Mãe dos deuses, e à sua capacidade criadora. Este período atravessa, a 22 de Dezembro o Solstício de Inverno, e o renascer do Sol. Salientam-se as celebrações próprias dos Solstícios (rituais de morte e ressurreição, fogueiras e fogos de artifício), relacionadas com a devolução ao Sol das energias que era suposto ele perder ao atravessar estes períodos críticos, na sua mudança de rota (assim entendido pelo homem primitivo). Para além destes eventos, dá-se ainda a passagem de ano (anteriormente em Março), com as celebrações e simbologias próprias dos ritos de passagem (Van Gennep).